Um SSD pode salvar seu computador antigo ou lento

09/01/2018

Você usa Windows? Se a resposta for sim, provavelmente já deve ter passado por alguma dessas situações:

A foto de um disco rígido mecânico antigo.

  • seu computador demora mais de 3 minutos pra ligar completamente (do momento que você pressiona o botão power até o acesso ao desktop ser liberado),
  • você está cheio de coisa pra fazer, liga o computador e é agraciado(a) com uma belíssima mensagem informando que seu computador está sendo atualizado (e fica pelo menos uma hora ali perdendo tempo),
  • você está utilizando um navegador com poucas abas abertas e do nada sua máquina começa a engasgar muito,
  • suas aplicações e arquivos demoram vários minutos para abrir ou executar,
  • ao procurar por algum programa na barra de pesquisa do Windows, tudo trava e os resultados só aparecem depois de alguns minutos.

Se seu computador tem configurações consideráveis razoáveis e isso acontece, a culpa pode ser do seu disco rígido (HD).

Os discos rígidos comuns fazem leitura e escrita de dados de forma mecânica. Sua velocidade máxima é limitada pela quantidade de rotações por minuto que ele consegue atingir. As velocidades mais comuns são 7200 e 5400 RPM.

Os SSDs (ou discos de estado sólido) tem a mesma funcionalidade dos HDs: armazenar dados. A diferença é que ao invés de ser um dispositivo de memória mecânico, ele utiliza memórias flash (semelhante aos pendrives) — permitindo velocidades de leitura e escrita muito maiores e consumindo menos energia.

Como versões mais recentes dos sistema operacionais, especialmente o Windows, fazem uso intenso do disco para indexação e tarefas em segundo plano, substituir seu HD por um SSD causa um impacto instantâneo na performance do computador.

Você só precisa ficar atento ao calcanhar de aqulies dos SSDs: o preço por GB. Se com pouco mais de R$200 você consegue comprar um disco rígido de 1TB, vai ter que desembolsar cerca de R$400 reais para adquirir um SSD de apenas 240GB, 1/4 da capacidade de armazenamento.

Minha experiência com SSDs

Sou desenvolvedor web e, ter uma máquina capaz de executar rapidamente múltiplos navegadores e ferramentas de desenvolvimento simultaneamente é essencial. Meu notebook pessoal é um Dell Inspiron 14R de 2013, uma máquina com cinco anos de idade.

Apesar de suas boas especificações técnicas, no fim de 2016 o computador apresentava lentidões súbitas e muito irritantes. Os sintomas? Os citados no começo nesse artigo. Não era caso de Windows “sujo” ou “poluído”… era nítido que o hardware estava mostrando sinais do tempo.

Comecei a fazer planos pra poupar dinheiro e trocar de máquina num futuro breve, mas cá pra nós: tecnologia no Brasil custa um absurdo e jamais trocaria de máquina sem ter certeza qual era a causa das lentidões.

Ao investigar o que estava acontecendo, notei que o HD era o único componente que ficava sendo utilizado 100% quase o tempo todo — mesmo executando apenas Spotify ou Chrome com poucas abas abertas.

Surgiu então a oportunidade de testar o SSD HyperX da Kingstom, pelo Showmetech. Que surpresa! A performance mudou drasticamente de forma instantânea.

Os resultados: inicialização do Windows e aplicações em segundos, atualizações do sistema muito rápidas (adeus mensagens intermináveis de atualização!), pesquisa por arquivos e aplicações com resultados praticamente instantâneos e uma leve melhoria na autonomia de bateria da máquina.

Foi um caminho sem volta. Após os testes, troquei definitvamente meu HD por um SSD. Foi uma das melhores coisas que fiz: computador mais rápido, mais produtividade e o adiamento da substituição da máquina por uma nova.

E pra quem é usuário médio, vale a pena?

Geralmente vale, mas você deve analisar alguns pontos.

Como citado, o custo por GB é alto e dificilmente um usuário médio vai querer investir mais do que R$400 em um SSD.

Há modelos de 120 GB que custam em média R$250 (inclusive é essa a capacidade do meu computador de trabalho), mas a maioria dos usuários comuns considera essa capacidade minúscula. Pela natureza de seu espaço de armazenamento reduzido, algumas pessoas podem ter resistência na migração.

Você deve levar em consideração o quanto de espaço em disco você utiliza e o tipo de conteúdo que você consome.

Se você, como eu, consome mídia via serviços de streaming como Netflix e Spotify e não costuma fazer grandes downloads, não deve ter problemas com espaço.

Se você baixa muitos filmes, músicas e jogos mas não quer abrir mão da velocidade que um SSD pode trazer à sua máquina que já tá pedindo arrego, uma boa alternativa é transformar o disco rígidoantigo em um HD externo. Uma case USB 3.0 de boa qualidade custa em média 50 reais e vale muito a pena. Inclusive meu disco rígidoantigo virou um HD externo extra pro videogame.

Existe também a possibilidade de se instalar o SSD lado-a-lado com o seu disco rígido atual. Para isso, basta que seu computador tenha mais de uma entrada SATA. Daí, é só deixar o SSD para o sistema operacional e programas e o disco rígido para seus arquivos.

Captura de tela da capacidade do meu SSD instalado. 108GB livres de 222GB

Aí tem: Windows 10, suíte de escritório, editores de imagem, (várias) ferramentas de desenvolvimento, aplicativos de produtividade e organização e até alguns joguinhos como Cuphead e Sonic Mania.

Claro que não adianta colocar um SSD em um computador com 2GB de memória RAM e processador Pentium 4 e esperar que ele se torne um monstro. Mas para uma máquina razoavelmente recente (adquirida nos últimos 4 ou 5 anos) com configurações medianas (com 4GB de RAM, e processador i3 ou equivalente, por exemplo) a substituição vale a pena.

É bem provável que você tenha um computador bom, com o potencial limitado pela velocidade do disco rígido. Ter uma máquina que funciona sem esses gargalos é sensacional. E claro, o aumento na produtividade é a cereja no topo do bolo.

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